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Foto do escritorRafael Oliveira

Flamengo domina o primeiro tempo, mas erro do goleiro e expulsão comprometem o resultado.

Trinca de meias carrega rubro-negros para frente no primeiro tempo, mas falhas individuais minam equipe na etapa complementar


Um tropeço no Rio Grande do Sul era esperado pela equipe que Tite levou à Arena do Grêmio e também pelo fato de "12 titulares" terem ficado no Rio. O grande primeiro tempo do Flamengo, porém, transformou a derrota por 3 a 2 para o Tricolor Gaúcho em mais um capítulo de frustração numa temporada repleta de decepções. É importante frisar que o time não merece duras críticas coletivamente.


Garotos sobram no primeiro tempo


Os primeiros 45 minutos de jogo mostraram um Flamengo fresco fisicamente e com muito dinamismo a partir dos três jogadores que formaram a penúltima linha do Flamengo: Alcaraz, Lorran e Matheus Gonçalves.

Embora tenha começado em cima do Grêmio, empurrando o adversário para o seu campo de defesa, o Rubro-Negro acabou vazado num lance em que os volantes erraram. Evertton Araújo largou Cristaldo, o autor do gol, e Allan chegou muito mole para dar o combate em João Pedro e desabou no chão após o contato. Matheus Cunha pulou atrasado e não conseguiu chegar.

O Flamengo não sentiu o gol, e a trinca ofensiva de meio-campistas continuou funcionando bem. A individualidade Matheus Gonçalves devolveu a igualdade ao placar. O jovem recebeu de Alcaraz na ponta, cortou para fora e bateu muito bem, sem chances para Marchesín.

Após o empate, o Flamengo passou a dominar inteiramente seu adversário. Dois ótimos passes de Lorran deixaram Carlinhos na cara do gol. No primeiro, o atacante ganhou bem no corpo, mas chutou em cima de Marchesín. Na outra, ele brigou pela bola, e Wesley chutou para fora.

Nos minutos finais da etapa, Marchesín ainda fez grandes defesas em cabeçada de Ayrton Lucas e em chute de Matheus Gonçalves após bonita tabela com Carlinhos. No fim da etapa, João Pedro ainda acertou a bola de Matheus Cunha, que pulou atrasado, mas nada que diminua a superioridade rubro-negra.


O Flamengo foi bem melhor na etapa, com 14 finalizações contra cinco do adversário e 57% de posse de bola.



Matheus Gonçalves, do Flamengo, comemora gol contra o Grêmio no Rio Grande do Sul — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Matheus Gonçalves, do Flamengo, comemora gol contra o Grêmio no Rio Grande do Sul — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo


Falha grosseira e expulsão em três minutos matam time


Na volta do intervalo, o Flamengo voltou sobrando tanto em domínio territorial quanto em dinamismo. Mais uma vez os meias giravam e trocavam passes com facilidade.

O problema é que aos nove minutos um erro grave de Matheus Cunha tirou a confiança do Flamengo. Reinaldo invadiu com facilidade a área do Flamengo, chutou e, após desvio de Allan, Cunha tentou cortar da pior maneira possível, com os pés. A bola do lateral-esquerdo gremista veio sem força, mas a reação não foi legal, e o goleiro entregou para Braithwaite marcar.


A sequência que desmoronou o Flamengo foi a seguinte: gol do Grêmio aos nove minutos e 52 segundos, saída de bola aos 11 minutos cravados e aos 12 minutos e 16 segundos Carlinhos recebeu o cartão vermelho após agressão a Kannemann.

O atacante, que desperdiçara boas chances no primeiro tempo, não fazia uma partida completamente ruim. Vinha participando de tramas ofensivas, brigava pela bola, mas pôs tudo a perder ao cair na pilha de Kannemann, que o provocou. Botou a mão na cara do argentino e, após o bandeira dedurar, a expulsão foi consumada.

Por mais que Tite tenha dito que o Flamengo seguiu jogando no campo do Grêmio, a presença rubro-negra no setor de ataque foi mais em termos de ocupação de espaço do que com volume de oportunidades criadas. Prova maior disso é que o time só finalizou quatro vezes na etapa final.

O terceiro gol do Grêmio, que não jogava bem, jogou por terra qualquer chance de empate do Flamengo. É verdade que Wesley havia tirado da cartola um cruzamento que Wallace Yan furou feio sete minutos antes, mas os rubro-negros não tinham mais força. Aos 37, Diego Costa cabeceou livre dentro da área rubro-negra.

É preciso destacar a qualidade de Monsalve, que fez o pivô em cima de Cleiton e conseguiu atraí-lo para fora da área, despovoando o miolo da defesa rubro-negra. Wallace Yan, que perseguia Edenílson, não acompanhou, e o volante gremista cruzou na medida para o centroavante testar.


No fim, uma jogada sensacional de Evertton Araújo deu um fogo de esperança ao Flamengo. O volante saiu do círculo central driblando todo mundo até dividir a bola na área. Ela subiu, e Felipe Teresa, autor do gol do intercontinental sub-20, marcou seu primeiro como profissional justamente em sua estreia na categoria profissional.

Já nos acréscimos, três minutos após o gol de Teresa, Matheus Gonçalves fez mais um malabarismo para vencer a marcação de três rivais. Wallace Yan pegou a sobra e, em vez de cruzar para Felipe Teresa, que fechava para finalizar, preferiu o chute mesmo pressionado por Mayke.


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