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Foto do escritorRafael Oliveira

Datafolha: crescimento da rejeição a Marçal é impulsionado por mulheres, católicos e eleitores de baixa renda

Entre homens, evangélicos e mais ricos, índice ficou estável nas últimas semanas

Pablo Marçal
Pablo Marçal

A subida na rejeição ao candidato do PRTB, Pablo Marçal, detectada pela última pesquisa Datafolha após o episódio da cadeirada durante o debate da TV Cultura, foi puxada pela oscilação do índice de eleitores que não votariam no ex-coach de jeito nenhum entre as mulheres, no eleitorado de menor renda e entre quem se declara católico.

Na população em geral, o índice oscilou três pontos para cima, para 47%, e já avançou nove pontos desde o início de setembro. O quadro já levou o ex-coach a mudar sua estratégia no debate do SBT nesta sexta-feira.


A pesquisa reforça diferenças no comportamento do eleitorado feminino e masculino na disputa de São Paulo. Se na população em geral o índice variou três pontos para cima, entre as mulheres o avanço foi mais significativo, de oito pontos, ainda que no limite da margem de erro, de quatro pontos para esse recorte. São agora 53% as eleitoras que não votariam em Marçal de jeito nenhum. Pela primeira vez, a rejeição superou a marca dos 50%.

No segmento feminino, a rejeição a Marçal já subiu 16 pontos desde o início do mês, em meio à participação do ex-coach nos debates. O cenário se reflete nas intenções de voto do candidato nessa fatia do eleitorado, em que atinge 12%, contra 28% entre os homens.

No eleitorado masculino, o percentual de eleitores que dizem não votar de jeito nenhum no ex-coach ficou praticamente estável nas últimas semanas. O índice recuou dois pontos na comparação com o último levantamento, de 42% para 40%, ainda dentro da margem de erro.

Se entre as mulheres, Marçal fica muito acima dos concorrentes em rejeição (a diferença chega a 20 pontos para o segundo mais rejeitado, José Luiz Datena, do PSDB), entre os homens ele aparece numericamente atrás de Guilherme Boulos (PSOL), nome que não seria escolhido por 46% desses eleitores, e também empata com Datena (37%).

Os recortes do Datafolha também mostram que a rejeição a Marçal teve oscilação positiva entre os eleitores católicos (43% para 50%), e no eleitorado de menor renda (36% para 43%). Na faixa de renda, a variação chega a 11 pontos desde o início do mês, enquanto no segmento religioso soma 12 pontos no período.

No segmento mais rico, com renda acima de 5 salários mínimos, há estabilidade. Nesse grupo, o percentual dos que não votariam no candidato recuou de 55% para 51%, uma variação dentro da margem de erro, de sete pontos. No eleitorado evangélico, o índice também ficou estável em 28%, enquanto a de Datena foi de 28% para 37%.

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo", a pesquisa Datafolha ouviu 1.204 eleitores na cidade de São Paulo entre 17 e 19 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-03842/2024.



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